segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
"oi garçom, camelô, barbeiro, bicheiro, cientista, capanga, vampiro, caubói, motorista de praça, antes de ser ator"
Wilson Grey (1923-1993)
- Foi garçom, camelô, barbeiro, bicheiro, cientista, capanga, vampiro, caubói, motorista de praça, antes de ser ator.
- Em 1942, quando Paschoal Carlos Magno começa a formar o Teatro do Estudante, Faz teste, ganhando uma ponta em Hamlet, um soldado sem fala. Durante o dia, trabalha no balcão de uma perfumaria e à noite, o teatro. De tão cansado, chega a cochilar no palco, apoiado na lança.
- Tipo franzino, sempre de cabelos gomalinados, o típico malandro carioca dos anos quarenta.
- Estréia no cinema em uma ponta no filme Hóspede de uma Noite (1951), de Ugo Lombardi. Fazendo um paquerador num trem da central. Agrada tanto que logo é convidado para atuar no filme Amei um Bicheiro (1952), de Jorge Ileli e Paulo Wanderley. Papel pequeno, mesmo assim Wilson Grey se destaca. Durante as filmagens, confundido com um bicheiro, quase é preso pela polícia.
- Fez quase todos os papéis possíveis no cinema, "só nunca beijei a mocinha no final do filme", dizia sempre. Costumava dizer que o papel que fez em Vai Trabalhar Vagabundo, era "vagamente autobiográfico".
- Ganhou todos os prêmios instituídos pelo cinema brasileiro, mas só veio fazer um papel principal em O Segredo da Múmia, de Ivan Cardoso, pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Ator do Festival de Brasília, em 1990.
- Segundo o ator seu melhor papel no cinema é Sete Homens Vivos ou Mortos pelo qual recebe Prêmio de melhor ator coadjuvante.
- Recordista de participações em filmes, mais de 250 (entre curtas e longas).
- Não era ator americano nem europeu, mas foi tema de reportagem no Paris Match: "Há no Brasil um ator que fez mais filmes que qualquer outro, em qualquer país..." O pequeno trecho retirado da revista francesa refere-se à trajetória de Wilson Grey, detentor da mais extensa filmografia do cinema mundial.
- Wilson Grey faleceu aos 69 anos, no dia 3 de Outubro de 1993, às vésperas de completar 70 anos.
- O curta Wilson Grey de Jessel Buss é em sua homenagem.
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