sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Maìra Ortins e Siegbert Franklin"



Entrevista Maira Ortins

Siegbert Franklin's picture
By Siegbert Franklin | 13. September 2008
deutsch am Ende des Textes
IT - Você é artista da Ponte Cultura desde quando¿. Fale me de suas atividades como artista...

MO - Sou artista da Ponte Cultura a muito pouco tempo, somente nesta edição
é que fui convidada para integrar o grupo. Sempre participo de muitas
atividades e eventos. Atualmente sou Coordenadora de Artes Visuais da
Prefeitura de Fortaleza e sou responsável pelo Salão de Abril, uma
mostra nacional de artes visuais. Além de algumas exposições
individuais e muitas coletivas e participações em salões e bienais
internacionais.
Não sei se faço uma arte especial, mesmo porque creio que todo fazer
artístico é especial, por mais despretensioso o fazer e seu artista.

IT -O que o mantêm fiel à Ponte Cultura?

MO - No momento, como é a minha primeira participação no grupo acho que não poderia responder esta pergunta, porque, neste caso, não caberia a mim.

IT- Quanto à origem de seu dom artístico, você teve acesso à arte desde a
infância?

MO - Não. Eu fui à busca da arte, desde de muito jovem, adolescente ainda, mas, menos por oportunidade e mais por insistência e necessidade que hoje sou artista e convivo com a arte.

IT - Foram influências externas, uma pessoa, uma obra ou tem sido vocação,
uma necessidade interna - que o levaram a sua arte?

MO - Necessidade interna. Costumo dizer que não se opta por ser artista, além do que, não é nada fácil assumir-se como artista e aceitar que encaramos e vemos a sociedade de maneira absolutamente diferente... Por outro prisma. Pois bem, ai está o papel do artista, reformular os velhos costumes sociais, convenções e modos de pensar. Todo artista, por menos consciente que seja, contribui para a mudança dos costumes sociais.

IT: E a sua formação artística?

MO - Praticamente autônoma, o que me incomoda, mas não tive oportunidade de estudar arte, sou formada, mas em Letras/Literatura.

IT: Hoje, a arte ocupa que lugar em sua vida?

MO - Eu vivo de arte, e ate na minha vida acadêmica, que é voltada para a
literatura, tento unir às as artes visuais, pois desenvolvo um estudo
semiótico entre poesia e desenho.

IT - Conte um pouco desta produção artística. De teu trabalho para essa mostra WATER ...

MO - Acho que um tema que discute a escassez da água no universo é de
extrema importância para o momento atual. A sociedade do descartável
precisa rever seus conceitos de facilidade e comodidade. Do carro ao
copo de cafezinho, está tudo sendo questionado e se não atentarmos
logo para isto, vamos entrar num caos sério. São pequenos costumes,
aparentemente sem muitas conseqüências para o desequilíbrio ambiental
que tem sido questionado pelos ambientalistas e cientistas em todo o
mundo.
Mas os interesses políticos e econômicos estão no meio do caminho, e
pior que a "pedra" de Drummond, vão mesmo impedir o desenvolvimento
saudável do planeta. Cabe a sociedade civil este papel, nada fácil, mas nunca impossível, de repensar e mudar o nosso cotidiano e nossa consciência.

IT: E qual a mensagem que você quer passar?Com respeito à água, de um modo geral, como você vê o futuro?

MO - Acho que até já respondi a esta pergunta, é como falei as pessoas precisam tomar consciência que o reservatório de água no mundo não é infinito! Que este mito está superado! Aliás, não somente a água precisa ser conservada, mas as florestas, os animais o eco sistema como um todo! O ser humano precisa compreender que ele não é o centro do universo.

IT: O nosso planeta, você acha que ele ainda tem salvação?

MO - Engraçado, eu pensei que quem deveria pretender salvação era o ser
humano, pois só é "salvo" àquele que "peca", ou "deve" a alguma
entidade "superior"!
Nós é que precisamos urgentemente de salvação!
O planeta sobrevive sem a raça humana...

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